Com um titubeante Henrique Granadeiro à ilharga, o ponta-de-lança da Telefónica, César Alierta, flectiu, contemporizou, tirou as medidas ao último reduto da PT e chutou em arco, longe do alcance do guardião da equipa portuguesa. Zeinal Bava bem se estirou mas era tarde. Estava lá dentro, era golo, ripa na rapaqueca, é disto que o meu povo gosta e, na tribuna de honra, Nuno ‘Ongoing’ Vasconcelos e Ricardo ‘BES’ Salgado contorciam-se nas poltronas, já a sentirem o dinheiro a cair-lhe nos bolsos. Mas quando os comunicados para a CMVM já estavam praticamente redigidos, a surpresa: um espectador tresloucado, José Sócrates, saltou da bancada, tirou o esférico de dentro da baliza e declarou que não havia jogo. O avançado Alierta, na fash interview, declarou-se atónito com a estratégia norte-coreana do estado português, um 5x4x1 com todos os homens a defender atrás da linha da golden share. MB
Telefónica marcou um golo limpo mas Sócrates tirou a bola de dentro da baliza da PT
Mário Botequilha 4 de Julho de 2010